
Obras
A organização deste núcleo, apresentado por ordem cronológica de produção, estabeleceu-se a partir de dois focos de produção: um entre 1939 e 1942, assinalando a marca surrealista e metafísica de António Dacosta, com laivos expressionistas, a que se seguiu uma regular redução de produção ao longo da década, que se arrastou até à sua quase total suspensão; e o seu regresso a uma produção regular em finais da década de 1970, que se afirmava com a produção para as exposições individuais de 1983 (Lisboa: Galeria 111) e 1984 (Porto: Galeria Zen), definindo um retorno regular à prática artística até à sua morte em 1990. A organização da produção de António Dacosta em quatro grandes momentos, com fases internas que exploravam diferentes condições, de derivações ou mesmo de crise criativas, decidem-se a partir desses dois momentos perentórios do pintor para a arte portuguesa do século XX. A obra plástica de António Dacosta foi sobretudo pintura e desenho, embora nos últimos anos tenha experimentado a assemblage e a escultura, deixando alguns projetos de dimensão pública e instalativa.